LC 22:54 e 57 relata a história de Pedro vivendo exatamente isso. Ele acreditava que Jesus era o Messias, mas vê Jesus sendo preso, humilhado, martirizado e Pedro começa a ficar com muito medo e a seguir Jesus de longe para pelo menos ver o que aconteceria com Ele. Após a morte de Jesus, isso também aconteceu com todos os discípulos, como podemos ver em Jo 20:19.
Em Jo 21:13, Pedro decide voltar à sua rotina anterior de pescador e os outros discípulos decidem ir com ele. Eles ficam animados quando Jesus aparece, mas só ficam tranquilos de verdade quando Jesus garante que, apesar de ir embora, vai mandar outro como Ele para estar o tempo todo conosco e os instrui a ficarem em Jerusalém (Lc 24:49). E após Jesus ser assunto ao céu, vem os anjos e dizem pra os discípulos obedecerem e esperarem em Jerusalém. Se Jesus mandou você esperar, espere porque Ele vai fazer.
Quando eles estão reunidos em Jerusalém, vem do céu um barulho como vento e eles são cheios do Espírito Santo (At 2:1-18). Então, o mesmo Pedro que estava acompanhando Jesus de longe, agora cheio do Espírito Santo, se coloca em pé e explica que eles não estão bêbados, mas explica que eles estão cheios do Espírito Santo, como profetizou o profeta Joel (At 2:17).
Depois da vinda do Espírito Santo, as coisas começam a mudar e tomar um novo rumo. Pedro e João vão ao templo orar e encontram um paralítico a porta do templo (At 3). Eles n tem esmola, mas dão o que tem: ele é curado. E em AT 4:3 relata que, apesar de eles terem feito bem ao paralítico, foram para a prisão e Pedro se lembra da palavra que Jesus tinha dito em Lc 21:12-19. Diante do Sinédrio, eles começam a testemunhar de Jesus porque estavam cheios do Espírito Santo (At 4:7). Em At 4:31, relata que eles foram soltos e oraram. Por continuar pregando, Pedro é interrogado novamente At 5:27 e prega novamente diante do Sinédrio.
At 6:8-10 fala sobre Estevão que, mesmo preso, humilhado e com falsa testemunha ainda tinha o rosto como de um anjo, o que reforça que seremos cheios do poder para sermos mortos por amor ao Seu nome. Em At 7:54-60, Estevão cheio do Espírito Santo continua dar testemunho de Jesus e vê a glória de Deus. Cheio do Espírito Santo, recebe poder para morrer.
Às vezes, a gente tem impressão de que o Espírito Santo vai vir sobre nós e nós seremos sobre-humanos, mas o poder que recebemos é pra pregar, se as pessoas não gostarem da nossa pregação, nos perseguirem e até matarem e nós dormiremos para acordar na glória com Deus. Sem o Espírito Santo, não aguentamos as afrontas nem ser mártir por sermos testemunhas de Cristo.
At 8: 1-4 fala sobre a dispersão da igreja por conta da perseguição, o que fez com que o evangelho se disseminasse mais ainda, pois eles começaram a estabelecer igreja por onde passavam.
At 9:11-16 começa a contar de Saulo, que já começa sua vida cristã com a consciência de que sofreria pela Mensagem. Então a partir de At 9:23, as pessoas começam a planejar matá-lo, a persegui-lo como também a Barnabé (At 13:50-52 / At 14:1-7), Paulo foi apedrejado (At 14:19,20), preso com Silas (At 16:19-24) e se meteu em mais confusão ainda (At 17:15), mas é o mesmo Paulo que fala em Gl 2:20 que já está crucificado com Cristo e a vida que vive hoje é pela fé no filho de Deus. É dessa fé que precisamos para morrer.
Existe uma morte que nós temos que morrer todos os dias: a morte para o eu, para o ego, para nossos próprios planos e sonhos. A gente fica emocionado quando ouve falar de missionários e de quem vai e se arrisca para pregar o evangelho, mas quando o Espírito Santo nos fala que temos que morrer, a gente tem uma certa dificuldade.
Deus quer q vivamos em santidade, apesar de, no mundo, ouvirmos que santidade, virgindade é uma besteira e nos humilharem por sermos diferentes, mas o que Deus ensina é que devemos passar por isso felizes, estando cheios do Espírito Santo.
Nós podemos morrer para nossas vontades, para nosso orgulho. Mas, para morrer, precisamos estar cheios do Espírito Santo.
Sábado pela manhã
Preletor: Pr. Luciano
Texto base: At 1:1-8