História de Saulo
Saulo era uma pessoa muito ruim. Um “carcará sanguinolento”, um “mala”.
A sua cidadania romana facilitou o acesso a uma excelente instrução.
Tinha a crença de que, se perseguisse os cristãos, cumpriria o mandamento de Deus, já que achava que estes eram membros de uma seita.
O livro de atos, no capítulo 7, descreve a morte de Estevão, que fora apedrejado e suas túnicas, jogadas aos pés de Saulo. O versículo 60 deixa clara a posição de perseguição de Saulo: “Depois, ajoelhou-se e gritou em voz bem forte:- Senhor, não condenes esta gente por causa deste pecado! E, depois que disse isso, ele morreu. E Saulo consentia em sua morte.”
Neste capítulo, destaca-se a fala inédita de Estevão ao afirmar que Jesus estava em pé à direita de Deus.
O livro de Atos 8:3 ainda descreve a forma com que Saulo tratava a igreja do Senhor Jesus: “Porém Saulo se esforçava para acabar com a igreja. Ele ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os jogava na cadeia.”
Sua crueldade era muito visível. O povo de Deus temia sua presença, conforme Atos 9:1-2: “Enquanto isso, Saulo não parava de ameaçar de morte os seguidores do Senhor Jesus.
Ele foi falar com o Grande Sacerdote e pediu cartas de apresentação para as sinagogas da cidade de Damasco. Com esses documentos Saulo poderia prender e levar para Jerusalém os seguidores do Caminho do Senhor que moravam ali, tanto os homens como as mulheres.”
As pessoas fugiam para Damasco, capital da Síria. Mesmo assim, “respirando
ameaças” – conforme versão da Bíblia A Mensagem –, ele não desistia e ia atrás dos seguidores de Cristo.
Quando perseguia a igreja, à caminho de Damasco, Deus deixou Saulo com cegueira parcial, falando com ele e mudando a sua trajetória. Nesse momento o coração de Saulo se converteu a Deus, fazendo com que se tornasse membro da
“seita” que tanto perseguia.
Sua conversão foi profunda, ainda que sua marra fosse grande. Ele, inclusive, muito debatia sobre Jesus. Mesmo assim, o povo ainda ficava apavorado quando se aproximava de Saulo, rejeitando-o e fugindo de sua presença.
Atos 9:26-28 traduz bem o sentimento do povo: “Saulo foi para Jerusalém e tentou juntar-se aos seguidores de Jesus. Porém todos tinham medo dele porque não acreditavam que ele também era seguidor de Jesus. Então Barnabé veio ajudá-lo e o apresentou aos apóstolos. E lhes contou como Saulo tinha visto o Senhor no caminho e como o Senhor havia falado com ele. Barnabé também contou como, em Damasco, Saulo, pelo poder do nome de Jesus, havia anunciado corajosamente o evangelho. Depois disso Saulo ficou com eles, andando por toda parte em Jerusalém; e, pelo poder do nome do Senhor, ele anunciava corajosamente o evangelho.”
Quando todos viravam-lhe as costas, uma pessoa se aproximou e procurou auxiliá-lo, este era Barnabé que prestou-lhe o maior apoio.
Modelo de cuidado. Auxílio de Barnabé.
Nessa época, Deus usou a vida de Barnabé, que se colocou à frente da liderança e intercedeu por Saulo. Ainda que o testemunho da vida regressa de Saulo fosse o pior possível, Barnabé introduziu-o na vida e cotidiano da igreja.
Jesus salvou a vida de Saulo e usou Barnabé para inseri-lo na igreja.
A
postura de Barnabé merece destaque, já que ele se importou verdadeiramente com Saulo – antes de se tornar o apostólo Paulo.
Deus sempre se importou com as pessoas. Sempre quis que nos importássemos uns com os outros.
Dois exemplos bíblicos merecem destaque: a) Caim e Abel: Deus perguntou para Caim: “Cadê o seu irmão?” Ele respondeu: “Porventura sou babá dele?” (Gênesis 4:9); b) cuidado de Miriã: que não sabia que Moisés era o Libertador do Egito. Ela só queria que seu irmão não morresse (Êxodo 2:1-8).
O Espírito Santo quer colocar esse mesmo sentimento no nosso coração, para que o cuidado ao próximo seja verdadeiro. Precisamos ter o mesmo sentimento daqueles que cuidam dos recém-nascidos.
Hoje conseguimos nos importar com nossos irmãos?
Em toda a trajetória humana, Deus se importou com as pessoas. Sua vontade é que tenhamos o mesmo cuidado e hoje precisamos ser treinados para termos um coração pastoral e uma postura semelhante à de Barnabé, que cuidou de Saulo – mais tarde apóstolo Paulo.
Pode até ser que nosso nome nunca entre para a história e o recém nascido que Deus nos deu/dá seja o libertador de milhares de pessoas, mas uma coisa é certa: Deus nunca se esquecerá de nós!
Deus quer que nos importemos, que cuidemos dos nossos irmãos!
Palavra Ministrada pelo Pr. Luciano Araújo
Resumo por Jouber Barbosa.