Há poucos dias, reparando no meu FACEBOOK, notei que tinha recebidos alguns convites para participar de eventos. Consegui ver alguns a tempo de, pelo menos, recusar (alguns com motivos relevantes, outros, pelo simples fato de querer descansar um pouco). Em outros, digo a grande maioria, não tive a mesma “sorte”, justamente porque não acessei o bendito site no dia que me encaminharam o convite. Entre esses convites estavam vários sobre aniversários que, por conseqüência, não pude comparecer (não estava sabendo). Não sei se isso gerou tristeza no coração desses queridos, mas concordam que antigamente era mais fácil ligarmos ou até mesmo ir à casa das pessoas fazer esse convite de forma mais pessoal???
O mundo tem apresentado diversos meios para facilitar nossa vida, o acesso a informação e a utilização da tecnologia, certamente, são alguns desses meios. Mas, ao mesmo tempo em que isso pode trazer benefícios é possível notar o grande mal provocado pelo uso exagerado e imoderado de tais ferramentas.
Outro cristalino exemplo diz respeito às crianças de hoje, muito mais precoces que as de 10 anos atrás (para não ir muito longe), que deixam de desenvolver relacionamentos pessoais, deixam de brincar de bonecas, soltar pipas, jogar bola na rua (com os pés descalços) para ficar na internet ou ainda, nos vídeo games. Muito mais grave do que isso, deixam de ter uma vida regrada nos princípios Cristãos, porque a influência maior que a atinge não é da bíblia, mas dos amigos de rede social.
Chegamos ao cúmulo de estarmos todos ligados às informações (que são bilhões por dia) e deixamos de lado coisas que nos garantiriam mais alegria e felicidade.
Fuçando na internet achei um artigo que dizia que um restaurante estava dando desconto para quem deixasse o celular na portaria, deixando, por conseqüência, de usá-lo à mesa. http://www.tecmundo.com.br/ curiosidade/28627-restaurante- da-desconto-para-clientes-que- nao-usarem-celular-a-mesa.htm. Não precisamos desse exemplo duro, mas, quantas vezes estamos conversando com as pessoas, à mesa no horário de almoço, e essas estão mandando sms ou curtindo uma página no facebook? De forma alguma isso ocorria no passado (não tão distante).
Chegamos a uma fase bem complicada. Ao mesmo tempo em que as informações são várias e quase que instantâneas, por outro deixamos de nos relacionar pessoal e intimamente com nossos irmãos, para dizer o mínimo, já que perdemos tempo sem nos relacionar com o Pai.
E a bíblia nos adverte a cumprir a grande comissão dada por Deus, descrita em Mateus 28:19, mas, será que conseguimos se não temos dedicado o tempo certo para as coisas certas?
Na atualidade, parece que temos mais amigos de “face” do que amigos que nos visitam. Dessa forma, não conseguiremos cumprir esse tão valioso ordenamento divino. Precisamos sim é dispor mais de nosso tempo com as coisas de Deus. Orar, jejuar, ir ao monte, louvar a Deus precisam estar no centro de nossas atividades. Enquanto estivermos ofertando nosso tempo (tão precioso) para nos mantermos informados deixamos de fazer as coisas que Deus tanto anseia que façamos.
Já pensou, por exemplo, quanto tempo você tem gasto na internet – redes sociais e quanto tempo tem gasto orando e buscando a Deus? Se o primeiro tem tomado mais tempo que buscar a Deus, essa é a hora para refletir. Se mais amigos estão em contato com você online do que pessoalmente é momento para corrigir o que está errado e buscar cumprir a ordem do Altíssimo.
Deus não quer que desenvolvamos relacionamentos superficiais, tão comuns nos relacionamentos virtuais/sociais. O que E’le requer é que tenhamos relacionamentos profundos de forma a sermos seus instrumentos para modificação na vida dos aflitos.
Mas, sabendo que existem pessoas que são oito ou oitenta, é importante deixar bem claro que a intenção desse artigo não é extinguir o uso das redes sociais, mas, fazer uso prudente e moderado. Não sendo servos, antes, senhores nessa situação, porque o discipulado (ide fazer discípulos) requer dedicação, presença e o toque (do nosso amor para com os outros). Certamente nosso coração terá mais alegria nos nossos relacionamentos pessoais (reais) do que os virtuais. E Deus estará conosco de uma forma mais real, palpável e verdadeira.